Se tem uma planta que está na crista da onda dentro do universo dos chás e da gastronomia, essa é a Clitoria ternatea, popularmente chamada de feijão-borboleta, cunhã, ervilha-borboleta, clitória e até mesmo flor-da-fada-azul.
Ela é uma herbácea trepadeira, com ramos longos e maleáveis, atingindo cerca de 3 a 6 m de comprimento. Folhas compostas e arredondadas. Flores azuis com o centro branco (mais comuns e valorizadas), as quais surgem principalmente na primavera e verão. Frutos em forma de vagem e deiscentes, ou seja, quando maduros disparam as sementes ao ar. Existem variedades púrpuras e brancas, porém bem menos comum.
Atenção! Ela é muito confundida com outra planta, Centrosema brasilianum, saiba mais aqui.
Medicina e Culinária
É considerada uma planta medicinal e comestível por completo, porém o que faz mais sucesso são suas flores devido seu poder de pigmentação. A infusão é refrescante, febrífuga, ansiolítica, fortalecedora da memória e auxilia em quadros de menopausa, principalmente os calores decorrentes dela, ou seja, uma planta relacionada amplamente à saúde do feminino. O mais interessante é que o formato de suas flores já nos dão dicas sobre isso, pois possuem o formato de vulva.
As flores frescas podem ser consumidas cruas ou cozidas e têm certo poder de pigmentar a comida. Uma alternativa para aumentar sua durabilidade é desidrata-las e fazer uso posterior na gastronomia, mixologia (drinques) e na elaboração dos chás e blends.
Cultivo
Precisa ser cultivada com auxílio de tutor, sejam arames, treliça ou bambu, pois tem crescimento em espiral ao redor do suporte (não possui gavinhas). É uma planta parceira do jardim, pois suas raízes fazem associação com microrganismos e têm a capacidade de fixar nitrogênio no solo, ou seja, são adubos verdes. Prefere solo rico em matéria orgânica e levemente úmido. Uma vez por ano pede uma boa poda de manutenção.
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