Quando começou-se a falar com mais intensidade sobre a cúrcuma (Curcuma longa), há uns 5 anos atrás, as dúvidas mais frequentes das pessoas eram: o que era essa planta, como usava, onde comprava ou como plantava. Hoje em dia, a maioria das pessoas que cozinha ou estuda plantas medicinais conhece seus rizomas e já usou pelo menos uma vez sua versão fresca ou em pó. Por conta disso, é possível encontrar sua versão desidratada em praticamente qualquer mercado ou loja cerealista e aí que mora o perigo. A maioria das cúrcumas em pó que há no mercado é "batizada", ou seja, não é pura. Ela pode estar misturada com fécula de batata, amido de milho ou outra "farinha" branca para dar rentabilidade ao comerciante. Fora que, quando adiciona-se algo branco em um pó amarelo, existe a necessidade de colorir esse pó para que tudo fique homogêneo e é neste momento que entram os corantes (amplamente cancerígenos). Ou seja, acreditamos que estamos consumindo algo muito bom, mas no fim estamos nos intoxicando.
Então fica a dúvida, como identificar a pureza de uma cúrcuma? Quem tem um pouco mais de afinidade com o tempero consegue saber isso através do aroma e da cor, porém a população geral, a melhor forma é a seguinte:
Em uma panela, coloque cerca de 500 ml de água e uma colher de cúrcuma em pó
Deixe ferver e perceba se ao longo da fervura o líquido vai espessando. Se espessar, é porque é cúrcuma misturada com algo, ou seja, não é pura.
O líquido espessa, pois o que é adicionado (fécula de batata, amido de milho...) são pós que naturalmente espessam algo líquido e quente. Não adianta fazer esse teste com a água fria ou em temperatura ambiente.
Para aprender mais sobre como identificar qualidade das ervas, especiarias e masalas fique de olho na próxima turma do Curso A Ciência dos Temperos - Fitogastronomia.