As plantas e suas eternas representações ao longo da história da humanidade, apesar de muitos não perceberem ou lembrarem elas fazer parte de nossas raízes e tradições. Pensando nisso, compartilho {alguns} dias históricos e a suas relações com plantas...
25 de abril
Este foi o dia (há 48 anos) que Portugal libertou-se da ditadura de Salazar. Essa revolução foi chamada de Revolução dos Cravos, pois a população, ao saber que os militares pretendiam restabelecer a democracia e pôr fim à guerra colonial, começou a dar cravos aos soldados, os quais as colocavam na ponta dos seus fuzis.
30 de abril
É chamado de Dia das Maias, pois até as 23:59 desse dia são colocaras ramalhetes de flores de maias (Cytisus striatus) nas portas, muros e carros para que seus ramos de flores amarelas protejam a casa e a todos do mão olhado e trazer . Essa é uma tradição portuguesa que aprendi com @a_recoletora . Neste dia, vi senhoras e senhores colhendo na região do Douro e diversos carros também continham esses raminhos poderosos.
01 de maio
No Dia do Trabalho (La Fête du Travai) existe uma tradição francesa de presentear pessoas queridas com a planta lírio-do-vale (Convallaria majalis), também chamada de muguet (francês) e lily of the valley (inglês). Segundo os celtas, é considerada símbolo da Primavera, sorte e renovação. Pela linguagem das plantas, suas pétalas unidas em forma de sino remetem ao senso de unidade, união, e amorosidade.
1ª dia do mês (de todos os meses)
Costuma-se ser o Dia de Soprar Canela em casa para trazer prosperidade e abundâncias para o lar e a família. Este é um ritual praticado com cerca frequência no Brasil.
O que quero dizer compartilhando tudo isso? Que é muito legal crescer, evoluir, mas que nunca deixemos de lado nossas raízes e tradições. Que possamos passar para nossos filhos e netos todo o conhecimento ancestral que carregamos.
No Brasil a camélia é o símbolo da Confederação Abolicionista criada em 1883 no Rio de Janeiro. Todos os que se envolviam mais perigosamente no movimento, apoiando fugas, criando esconderijos, usavam camélias. Qualquer escravo que fugisse encontrava um protetor, identificando-o pela camélia que ostentava no decote, se mulher, ou na lapela, se homem. A própria princesa Isabel, que, inicialmente, ficara alheia ao movimento, aderiu a ele aos poucos. Essa adesão ficou patente quando passou a ser vista com camélias no decote, aparecendo em público com as flores. O palácio imperial de Petrópolis, por sua iniciativa, teve seus jardins cobertos de cameleiras.